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A Urgência de Viver

(Por Henry Sobel – pronunciamento do Rabino sobre a passagem do Yom Kipur – Dia do Perdão -, que antecede a entrada do Ano-Novo judaico – enviada em 1998)

“Todos os anos, nesta hora de Neilá, eu observo os seus rostos e vejo algo indefinível em suas expressões. Sei lá, um misto de tristeza… não sei se “tristeza” é a palavra certa, talvez “apreensão”. Antigamente, eu não entendia o porquê. Hoje, um pouco mais velho, um pouco mais maduro, um pouco mais vivido, um pouco mais sensível, acho que consigo compreender.

A matemática da vida não é simples. Cada soma é também uma subtração. Quando somamos mais um Yom Kipur àqueles que já vivemos, subtraímos um Yom Kipur daqueles que nos restam viver. Então, a felicidade de estarmos aqui hoje à noite vem acompanhada da melancólica percepção de que o tempo voa e a vida passa. Nesta hora de Neilá, talvez mais do que em qualquer outra, sentimos a urgência de viver.

Teddy Kollek, o dinâmico prefeito de Jerusalém, propõe em sua autobiografia um décimo primeiro mandamento: “Não serás paciente” À primeira vista, tal conselho parece ir contra uma das qualidades mais valorizadas pela humanidade – a paciência é uma virtude ! No entanto, ao refletirmos sobre as palavras de Kollek, percebemos que elas contêm uma grande sabedoria. A impaciência é necessária para remediar nossa tendência tão humana de protelar. Pois a verdade é que, em muitas áreas vitais da nossa existência, somos pacientes demais. Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, nem mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.

Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.

Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.

Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.

Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.

Esperamos demais para dar carinho aos nosso pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais?

Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.

Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.

Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.

Deus também está esperando – esperando nós pararmos de esperar. Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.

Viva como as flores

(Autor desconhecido)

“- Mestre, como faço para não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas e ainda sofro com as que caluniam.

– Pois viva como as flores! – advertiu o mestre.

– Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.

– Repare nestas flores – continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus.
Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.”

Pra que serve o horizonte?

(Autor desconhecido)

Conta uma lenda assim…

Certa vez alguém chegou no Céu
e pediu para falar com Deus porque,
segundo o seu ponto de vista,
havia uma coisa na criação que
não tinha nenhum sentido…

Deus o atendeu de imediato,
curioso por saber qual era a
falha que havia na Criação.
– Senhor Deus, sua criação é muito bonita,
muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser…
Mas, no meu ponto de vista,
tem uma coisa que não serve para nada,
– disse aquela pessoa para Deus.

– E que coisa é essa que não serve para nada?, perguntou Deus.

– É o horizonte. Para que serve o horizonte?
Se eu caminho um passo em direção ao horizonte,
ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos,
ele se afasta outros dez passos.
Se caminho quilômetros em direção ao horizonte,
ele se afasta os mesmos quilômetros de mim…
Isso não faz sentido! O horizonte não serve pra nada.

Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
– Mas é justamente para isso que serve o horizonte…
para fazer-te caminhar ”

Como enfrentar as tempestades da vida


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Autora: Eliana Barbosa*

Hoje, eu quero trazer à tona um tema que faz parte da vida de todos nós: como enfrentar as naturais tempestades do nosso viver.

Infelizmente, a maioria das pessoas age muito negativamente quando as dificuldades e obstáculos surgem, e essa negatividade, evidentemente, atrai mais problemas e confusões. Quanto mais você reclama, mais motivos você terá para reclamar; por outro lado, se você quiser agir inteligentemente, lembre-se: quanto mais você agradece, muito mais razões você terá para agradecer. É a infalível Lei da Atração em ação.

É preciso aprender a encarar seus problemas com naturalidade, sem tantos choros e lamentações que nada produzem a não ser… mais dores. O mais importante para você ter uma vida mais pacífica e ter mais serenidade nos relacionamentos é saber enfrentar as suas tormentas existenciais sem perder a capacidade de sorrir.

Sim… o sorriso é a solução para todos os impasses da vida. Você já observou que com um sorriso nos lábios você conquista as pessoas para o seu modo de pensar? Isso mesmo: o seu bom-humor, a alegria de estar vivo (mesmo cheio de barreiras para vencer) e um olhar amoroso e sorridente contagiam as pessoas com energias salutares que, da mesma forma que são irradiadas para elas, voltam multiplicadas para você. Mas… cuidado: não estou falando daquele sorriso irônico ou sarcástico que humilha os outros e afasta de você qualquer possibilidade de se relacionar bem com alguém. Estou me referindo sim àquele sorriso sincero e luminoso, capaz de amolecer até os corações mais endurecidos.

Sabendo disso, controle mais seus pensamentos e palavras, porque da sua boca sempre sai aquilo que você traz em seu coração. Será que o seu coração está carregado de rancor e revolta? Se você tem se comportado negativamente diante das tempestades que lhe alcançam, por favor, pense nisso!

Aprenda a respirar fundo diante das injúrias que te acometem, ou afaste-se quando provocações te perseguirem. Busque alimentar saudavelmente – com pensamentos construtivos e otimistas – tudo aquilo que você tem de melhor em você mesmo, porque tenho certeza de que dentro desta pessoa muito especial – VOCÊ – há um tesouro infindável de virtudes. Pois então, cabe a você – a ninguém mais -, abrir este baú e deixar que o mundo se beneficie do seu potencial de paciência, amor e compaixão. Experimente e comprove – sorria mais!!! Sorria muito mais!!!

Para complementar esta reflexão, este singelo conto, de autor desconhecido: “Uma garota fazia a pé o percurso até a escola, tanto na ida como na volta. Certo dia, de volta para casa, desabou uma forte tempestade. Como era o horário que a filha deveria estar saindo da escola, a mãe dirigiu-se para o local, pois imaginava que a filha estaria apavorada com tantos raios e trovões. Quando encontrou a menina andando no meio da tempestade, a mãe reparou, surpresa, que, a cada relâmpago, a criança olhava para cima e sorria. Finalmente, quando a filha entrou no carro, a mãe, curiosa, comentou: ‘Você parecia não estar com medo da chuva, pois reparei que estava sorrindo a cada relâmpago.’ E a menina, com a maior naturalidade, respondeu: ‘Claro, mãe! O céu não pára de tirar fotos minhas… E quero que Deus me veja sempre sorrindo!!!

(*Eliana Barbosa é apresentadora de TV, palestrante e autora de diversos livros no campo do autodesenvolvimento.)