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TRANSTORNOS ALIMENTARES

Dias atrás, fui solicitada pela jornalista Kelly Lopes, da Folha Universal, para que escrevesse sobre os transtornos alimentares,  para uma matéria do jornal, referindo-se a um caso em que uma mãe, atriz de Hollywood,  influenciou negativamente a própria filha, também atriz, nestas questões de  autoimagem, alimentação, dieta e emagrecimento.

Então, compartilho aqui o artigo que escrevi e, logo após, a matéria publicada no jornal.

DE MÃE PARA FILHA

(Autoria de Eliana Barbosa*)

Em uma matéria publicada no site norte-americano Huffington Post, a atriz Jennette McCurdy, de 26 anos, revelou, de forma comovente, que sofre com anorexia desde os 11 anos de idade e atribuiu a doença às cobranças dos produtores de TV e da própria mãe para que ficasse magra.

Aos 21 anos de idade, a atriz começou a apresentar quadro de bulimia, que alternava com compulsão alimentar, e foram 13 anos vivendo essa “montanha russa emocional”, e os dois últimos anos em tratamento e recuperação.

O que mais toca em seu depoimento é a forma como sua mãe (que também havia passado por períodos de transtornos alimentares) a influenciou nesse processo: “Infelizmente, eu tinha uma companhia pronta para me ajudar com a anorexia crescente: a minha mãe! Eu me lembro do que sentia quando a minha mãe atacava o meu corpo, o meu peso e a minha dieta. Ela regularmente comparava o meu peso ao de outras meninas. Ela fazia porções de comida para mim, contava minhas calorias. Na época, ao invés de me incomodar com as sugestões, eu achava que ela estava me ajudando”.

Infelizmente, não são poucos os casos de complexos e neuroses que as pessoas carregam ao longo da vida e transferem, de forma consciente ou inconsciente, para seus filhos, através cobranças exageradas, críticas, comparações ou mesmo gerando culpas sem fundamento.

E o triste é que as crianças, com tais exemplos no lar, crescem inseguras de seu valor e aprendem a viver na base da comparação, o que pode se tornar um enorme problema, quando chegam à adolescência e à vida adulta.

O complexo em relação ao corpo muitas vezes é tão atuante na vida da pessoa que se torna uma obsessão, que hoje é conhecida por “dismorfofobia” ou “síndrome da distorção da imagem” – um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física.

Casos muito sérios são relatados, principalmente de jovens meninas acometidas por anorexia e bulimia, que são transtornos alimentares ligados às distorções da autoimagem – elas olham-se no espelho e veem-se sempre acima de seu peso real. E  dar espaço para os complexos é abrir portas para as comparações que destroem a autoimagem de uma pessoa.

Quem é inseguro, com baixa autoestima e necessidade de aceitação social, se deixa levar por padrões de beleza, e precisa, na verdade, de um sério trabalho no resgate de sua autoestima.

Mães neuróticas com o peso corporal e a beleza física podem fazer um grande estrago na vida emocional de suas filhas, gerando, no futuro, consequências graves tanto para seu corpo quanto para sua alma, cheia de inseguranças, complexos, ressentimentos e culpas, com tendência depressiva e, em alguns casos, suicida também. Afinal, estes transtornos alimentares são formas inconscientes de autoextermínio.

Uma verdadeira devastação emocional!

Daí a importância de um apoio terapêutico para trabalhar esses sentimentos que intoxicam a vida dessas mulheres, e, em casos mais sérios e persistentes, é necessário associar o acompanhamento de um médico psiquiatra, que provavelmente irá recomendar medicamentos que são altamente eficazes para estes transtornos.

A nossa relação emocional com a comida se inicia com nosso nascimento, em que o bebê associa alimento com amor. E assim, todos crescemos usando a comida para celebrar momentos importantes, e o alimento como fonte de prazer, mas também de compensação em  situações de estresse, ansiedade, angústia e carência afetiva.

É interessante notar que as emoções negativas podem afetar o apetite de formas diferentes nas pessoas: umas se tornam compulsivas em relação à alimentação e outras perdem completamente a fome. E todo comportamento extremo precisa ser avaliado e tratado.

Somente equilibrando emoção e razão é possível controlar de forma saudável nosso apetite em qualquer circunstância de nossas vidas.

E em momentos de desequilíbrio na forma de se alimentar, é importante se perguntar: Afinal, como eu estou alimentando minha alma?

São poucos que compreendem que, além de todos os cuidados físicos, nossa saúde depende do bem estar dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções, que determinam a qualidade da vida que teremos.

No caso de filhas que cresceram sofrendo a ditadura da beleza impostas por suas próprias mães ou familiares, e desenvolveram transtornos alimentares, a melhor forma de começar seu tratamento emocional, a meu ver,  é com técnicas de perdão e autoperdão. Precisam perdoar suas mães e se perdoarem, também, pela culpa que sentem ao ter ressentimento de suas próprias mães. O perdão será o verdadeiro alimento que todas elas precisam para curar suas vidas – o alimento da alma!

Eliana Barbosa é life coach, psicoterapeuta, articulista de jornais e de revistas de circulação nacional e internacional, autora de vários livros no campo do autodesenvolvimento,  apresentadora de programas em TV e rádio, e ministra  palestras e cursos transformacionais no Brasil e nos Estados Unidos. Contato: eliana@elianabarbosa.com.br ou WhatsApp: (34) 9 9972-4053

 

VEJA, ABAIXO, A MATÉRIA DA JORNALISTA KELLY LOPES, PUBLICADA NA FOLHA UNIVERSAL – ANO 27 – Nº 1406 – DE 24 A 30 DE MARÇO DE 2019 – TIRAGEM: 1.856.375 

CLIQUE AQUI OU NAS IMAGENS PARA LER A MATÉRIA NO SITE DO JORNAL

 

 

MODERNIDADE DIGITAL E REDES SOCIAIS

Entrevista com Eliana Barbosa- Psicoterapeuta e life coach, para a jornalista Kelly Lopes, para matéria publicada na edição de 16 de setembro de 2018 da FOLHA UNIVERSAL

Uma matéria sobre a modernidade digital e suas mudanças no cotidiano das pessoas, onde as coisas mais simples são registradas a todo tempo em fotos e vídeos nas redes sociais. 

Imagine uma pessoa que com muita frequência registra tudo o que faz e vive nas redes, mostra o que tem, consome e compra, revelando uma felicidade relacionada a tudo o que posta, como se a felicidade houvesse se tornado obrigatória. 

Vamos falar sobre as possíveis consequências dessas atitudes para quem as faz e para quem as acompanha.

ENTREVISTA

FOLHA UNIVERSAL: Algumas pessoas “vivem momentos”, apenas para tirar fotos, ou seja, não aproveitam, apenas registram. E depois que fazem seus posts esperam ser curtidas, vistas e comentadas, e se isso não acontece se frustram, ou seja, estão felizes à medida que estão sendo notadas. Em sua visão, isso é um distúrbio, revela alguma falta ou pode acarretar consequências na vida dessas pessoas?

ELIANA BARBOSA: A meu ver, este comportamento alimenta o narcisismo dessas pessoas, e é viciante. Os neurocientistas explicam que quando recebemos uma curtida, nosso cérebro gera uma descarga de dopamina, que é o mesmo neurotransmissor produzido quando fazemos sexo, ganhamos dinheiro ou comemos chocolate.

É verdade que receber um like ajuda a reforçar nossa autoestima, porém, o perigo é quando a pessoa passar a viver ansioso na expectativa de um feedback positivo, de um elogio, de uma curtida.

Dependendo da pessoa, esse vício pode levá-la ao transtorno de ansiedade e até ao estresse, bem como a episódios de tristeza e decepção,  se não recebe o reconhecimento que espera, nas redes sociais.

Este comportamento revela também uma carência afetiva, baixa autoestima, com a forte necessidade de ser vista, admirada e aprovada.

As consequências na vida desta pessoa, além dos transtornos decorrentes de qualquer vício, há também o afastamento da realidade e daqueles que realmente importam em sua vida, tornando-a uma alienada.

F.U.: Já para quem está do outro lado e acompanha essas postagens, acaba sentindo a necessidade de também postar, de mostrar que está bem, que consome, e que também é feliz. E muitas vezes deseja ser igual àquela outra que posta “um mundo feliz o tempo todo”, e acaba baseando sua vida na vida do outro. Como explicar essa relação da modernidade e quais consequências isso pode gerar para o outro lado (quem acompanha esses posts)?

E.B.: Essa modernidade pode gerar no público que acompanha estas postagens de “felicidade perene”, um sentimento de inadequação e inferioridade, além de uma ansiedade em basear sua vida naquilo que vê na vida do outro. De tanto ver a aprovação do outro, essa pessoa acaba se tornando um mendigo de likes, e, muitas vezes, nem percebe o ridículo a que se expõe, na tentativa de ser admirado.

Uma experiência pessoal: Em minhas redes sociais, lamento quando as minhas fotos que publico têm muito mais likes do que os artigos sérios que escrevo. As pessoas, hoje em dia, estão muito superficiais, e, pelo que parece, esperam a mesma superficialidade daqueles que seguem.

F.U.: A realidade, porém, pode ser bem diferente do que é postado, pois muitas pessoas maquiam uma realidade que não lhes pertence. Por vezes, atrás daquela pessoa feliz da foto existe alguém infeliz. Será que algumas pessoas postam uma vida que idealizam, mesmo que não seja a realidade delas?

E.B.: Eu acredito que a maioria das pessoas, principalmente aquelas que se expõem o tempo todo, está sim maquiando a própria realidade. Essa necessidade de serem admiradas – em tempo integral – as afasta de sua essência. E, nesse afã de serem cada vez mais aprovadas, enveredam pelo consumismo, gastando até mais do que podem, fugindo da própria realidade em que vivem.

Claro que há os blogueiros que, por força do trabalho que realizam, acabam expondo sua vida privada, mas imagino que isso, depois de certo tempo, deve ser angustiante para eles, porque a cobrança dos seguidores parece insaciável.

F.U.: A super exposição de alguns pode gerar insegurança em outros?  Pois acabam idealizando a vida do outro como uma vida perfeita onde as comparações são inevitáveis. Sintomas como: baixa autoestima, Irritabilidade, esgotamento mental e ansiedade podem estar relacionados?

E.B.: Sim, exatamente isso. A vontade de ser como o outro – que já demonstra uma autoestima fragilizada -, gera uma eterna insatisfação pela vida, irritabilidade, esgotamento mental e extrema ansiedade em querer ter o sucesso que vê no outro.

Aí, a pessoa para não ficar para trás, começa também a se expor, e a viver em função da aprovação dos outros, e, com o tempo, acaba precisando de uma ajuda profissional para entender e controlar este comportamento, e entender que o importante é agradar a si mesmo!

Acredito que nunca, em toda a história da Humanidade, as pessoas precisaram tanto de autocontrole quanto na atualidade – autocontrole no uso das tecnologias, das redes sociais, das próprias emoções -, e tratamento adequado para esta tão alta necessidade de ser amado, aceito e respeitado.

F.U.: Quais dicas para quem passa muito tempo nas redes sociais, ou para quem posta tudo o tempo todo?

E.B.: Embora sejam ótimas ferramentas para aumentar nosso círculo de amigos e manter os vínculos familiares e de amizade, as redes sociais, hoje, se tornaram motivo de preocupação dos profissionais do comportamento humano.

Segundo estudos recentes, é mais difícil resistir à tentação de acessar sites como Twitter, Facebook ou Instagram do que dizer ‘não’ ao cigarro e ao álcool. Estes mesmos estudos explicam que o motivo das pessoas se apegarem às redes sociais, em detrimento da convivência real com amigos é porque, na internet, elas podem parecer o que não são. Podem postar apenas aquilo que as fazem se sentir melhor, escondendo suas fraquezas.

Outro fator viciante é a curiosidade humana, a mania de querer saber tudo da vida do outro.

Além disso, como foi explicada acima, a possibilidade de ganhar a atenção das pessoas acaba viciando também.

Na verdade, o que vemos, é uma alienação, em que os indivíduos preferem passar horas e noites na internet do que aproveitando a companhia real dos familiares e amigos. O maior perigo é perderem as habilidades para o contato social, o olho no olho, a gentileza e a educação.

Diante disso, e com o intuito de ajudá-lo a não cair nessa armadilha, deixo aqui 3 dicas poderosas:

  • ORGANIZAÇÃO: Acorde com todos os seus afazeres do dia anotados em sua agenda e só utilize as redes sociais em horários previamente marcados por você. Seja disciplinado.
  • DESAPEGO: Durante as refeições e na hora de dormir, deixe seus aparelhos – smartphones, tablets, laptops, todos eles bem longe de você, dedicando aos seus familiares e amigos, sempre presentes em sua vida, a atenção que eles merecem ter.
  • DISCRIÇÃO: Cuidado ao postar nas redes sociais. Pare de se expor, de contar detalhes de sua vida, na ânsia de ser mais visto pelos outros. Embora rodeado de “amigos virtuais”, quando você precisar de apoio, quem poderá estar ao seu lado, em carne e osso, serão aqueles com quem você deveria conviver melhor, em seu dia a dia.

Guarde bem: Todo exagero é danoso à nossa vida! Pense nisso e cuide-se!

F.U.: Se quiser acrescentar algo que eu não pontuei nas perguntas, fique à vontade.

E.B.:  É importante abordar o seguinte: Um estudo feito na Universidade Livre de Berlim revelou que jovens viciados nas redes sociais podem ter menores notas escolares, redução da produtividade no trabalho e até mesmo depressão.

Para evitar o uso nocivo das redes sociais, os pais devem dosar o tempo que os jovens ficam em frente à tela e acompanhar o conteúdo das postagens.

O psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP alega que o vício tecnológico já é uma epidemia. E explica que o jovem termina a maturação do cérebro após os 21 anos. Tudo o que diz respeito ao controle dos impulsos, ele não tem. Por isso, ele aconselha que os pais prestem atenção e acompanhem o jovem da mesma forma como fazem com qualquer outra atividade.

===========       Eliana Barbosa é life coach, psicoterapeuta, articulista de jornais e de revistas de circulação nacional e internacional, autora de vários livros no campo do autodesenvolvimento,  apresentadora de programas em TV e rádio, e ministra  palestras e cursos transformacionais no Brasil e nos Estados Unidos.

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VOCÊ TEM MEDO DE CASAR? Entrevista para Folha Universal

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ENTREVISTA COM ELIANA BARBOSA PARA MATÉRIA DA FOLHA UNIVERSAL, PUBLICADA EM FEVEREIRO DE 2018 (JORNALISTA JANAINA MEDEIROS) 

1 – Por que algumas pessoas têm medo de se casar ou de assumir um compromisso sério com alguém? (Mulheres e homens).

Esse receio de se casar ou assumir um compromisso mais sério com alguém pode ter várias causas, dentre elas as crenças limitantes em relação a casamento, geralmente originárias de algum trauma com o casamento dos pais, e também o medo de perder a liberdade, de ter que dar satisfação dos seus passos para outra pessoa, e até egoísmo mesmo, por não querer dividir sua vida com mais ninguém.

2 – Há casos em que existe uma fobia mesmo?

 Sim, existe aquele medo incontrolável e excessivo do casamento ou do compromisso, chamado de Gamofobia, geralmente decorrente de algum trauma, e causador de grande sofrimento emocional, devido às ideias pessimistas em relação à vida a dois, também por causa da estranheza desse medo e a culpa que pode gerar na pessoa que o tem.

3 – Por que muitas pessoas que se desiludem sentimentalmente pensam em viver por muito tempo sozinhas?

Talvez pela dor da experiência negativa que passaram, muitas pessoas optam por uma vida mais solitária, o que, a meu ver, não é ruim. Depois de uma decepção amorosa é sempre bom a pessoa tomar um tempo para resgatar o seu amor próprio, aprimorar sua autoestima e autoconfiança, para que possa, em um novo momento, atrair alguém também inteiro e descomplicado. O grande erro que vejo são pessoas que sofreram desilusão no amor procurar a cura em um novo relacionamento. Isso nunca dá certo, porque ninguém deve ser remédio para o outro, ou muleta para as deficiências emocionais do outro.  É preciso estar bem para atrair alguém com quem valha a pena compartilhar a própria vida.

 4 – Ultimamente, temos visto noticias de mulheres se casando consigo mesmas, mostrando que são bem mais realizadas solteiras. Os defensores do autocasamento dizem que isso se trata de amor próprio e aceitação individuais. Elas estão camuflando, mascarando uma situação, um bem-estar que não é verdadeiro? Comente sobre isso. 

Cada caso é um caso, é impossível julgar sem conhecer as pessoas. Pode ser que haja casos de mulheres que tomam essa atitude numa forma de demonstrar que estão bem resolvidas em relação à vida solitária, ou que usem esse ritual para marcarem uma nova etapa de suas vidas. Na verdade, mesmo sem ritual, todas as mulheres e os homens deveriam se lembrar de que o seu primeiro e maior amor precisa ser por eles mesmos, com autoaceitação e disposição para serem melhores, dia a dia. Só quem se ama e se respeita de verdade é capaz de atrair amor e respeito para uma vida a dois leve e tranquila.

 5 – Muitas pessoas tem uma ideia errada do casamento como instituição?

Acredito que sim, talvez pelas crenças (aquelas “verdades”) que os pais incutiram em suas cabeças, ao longo de sua criação.  Por exemplo: Muitos homens cresceram ouvindo que casamento é prisão, e as mulheres ouviam que casamento é sacrifício. Ter esse tipo de crença leva muita gente a temer ou mesmo correr do casamento.

 6 – Algumas pessoas tem uma experiência anterior ruim na vida amorosa e aí dizem: “antes só do que mal acompanhada”. Sabemos que se o relacionamento era muito mal, abusivo, lhe prejudicava, era melhor que tivesse terminado mesmo. Porém, porque a pessoa não pode pensar da seguinte forma: “antes bem acompanhado do que mal acompanhado” e, daí, lutar para ter um bom relacionamento?

Pois é, mas para conseguir atrair para sua vida alguém que seja um bom companheiro, a pessoa precisa primeiro se sentir a sua melhor companhia, estar bem com a sua própria presença. Os fracassos e decepções nas relações acontecem, de forma geral, justamente porque as pessoas colocam mais expectativas e amor nos parceiros do que em si mesmas, em primeiro lugar. 

7 –  O que a pessoa que já passou por uma desilusão amorosa pode fazer para não sentir “medo” de se casar ou de ter um compromisso sério?

O primeiro passo é resgatar sua autoestima, aprender a se valorizar e parar de mendigar o amor dos outros. Quando a pessoa estiver se sentindo bem com ela mesma, autoconfiante, todo o medo de se comprometer irá se desfazer, porque ela sabe que merece agora ser amada e respeitada da mesma forma como ela se ama e se respeita.

8 – Como a pessoa pode parar de alimentar esse medo?

Além de trabalhar o aprimoramento de sua autoestima, eu sempre aconselho que a pessoa pare de comentar suas mazelas no amor, as decepções pelas quais passou, e comece a observar, ao seu redor, quantas uniões são felizes e duradouras, e aprenda como se comportam esses parceiros. Outra dica é usar a gratidão por antecipação, repetindo pra si mesmo, dia e noite, noite e dia: “Sou feliz e grato pelo relacionamento maravilhoso que tenho, muito obrigado!” Esta é uma boa tática para colocar a Lei da Atração em ação.

(Eliana Barbosa é psicoterapeuta, life coach, escritora e palestrante no campo do autodesenvolvimento. Contato: elianabarbosa.com.br e eliana@elianabarbosa.com.br )

Link da matéria (resumida), no site da Folha Universal:  https://www.universal.org/noticias/voce-tem-medo-de-casar

E, abaixo, um vídeo que gravei para complementar essa matéria, apresentado na Realidade Aumentada, para os leitores do jornal:

 

 

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BONDADE DEMAIS PODE ESCONDER PROBLEMA COM A AUTOESTIMA

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ELIANA BARBOSA CONCEDE ENTREVISTA À JORNALISTA HELOÍSA JUNQUEIRA DE NORONHA – UOL COMPORTAMENTO, EM 25-03-2011

 

PERGUNTA: Quem é boazinha demais pode ter, na verdade, baixa autoestima (um medo intenso de desagradar o outro)? 

Sim, a pessoa sempre disponível para os outros, a boazinha, não tem uma autoestima  boa, porque ela teme desagradar os outros.  É deste comportamento inseguro, de querer agradar todo mundo, de ter medo de dizer “não” quando é preciso, que nascem as nossas decepções com a família, com os amigos ou com os companheiros de trabalho.

Quem é boazinha ou disponível demais tem dificuldade para dizer não? Isso pode vir da infância? Como? 

Sim, a pessoa boazinha ou disponível demais tem uma enorme dificuldade de dizer “não”, sem culpas, por medo da rejeição, do abandono, ou mesmo da crítica,  e todo esse medo e baixa autoestima tiveram sua origem na infância, quando a criança fazia algo errado, levava bronca, apanhava e enfrentava a cara feia da mãe por muito tempo. Essas limitações – medo da crítica e da rejeição, e baixa autoestima –  continuam influenciando a vida da pessoa mesmo na idade adulta por causa de sua carência de afeto.

Como vencer o medo de dizer não? 

A única forma da pessoa vencer o medo de dizer “não” para os outros é tomar a decisão de resgatar sua autoestima, e, nesse processo, começar a exercitar dizer mais “sim” para si mesma.  Ela precisa aprender a sair da passividade, onde dizia “Sim” para todo mundo, mas, precisa ter cuidado com a agressividade. O que vai lhe trazer equilíbrio na vida e fazer com que seja respeitada pelos outros é a assertividade, ou seja, dizer “não” com elegância, sem ofender, mas sem se sentir culpada. Vou repetir: Sair da PASSIVIDADE, tomar cuidado para não cair na  AGRESSIVIDADE e se fixar na ASSERTIVIDADE!

Eu sugiro um exercício para a pessoa que quer treinar dizer “não”: se houver perto dela alguém que anda abusando de sua boa vontade, que procure durante uma semana, para tudo o que esse alguém lhe pedir, dizer como resposta um “não”, bastante assertivo. Por exemplo: “Desculpe, hoje não dá!”, “Que pena, não vai dar para fazer!”, “Sinto muito, quem sabe amanhã…”,  “Humm, estou tão atrasada, preciso sair agora!”, e assim por diante. A pessoa que se sente “abusada” vai perceber que, no final dessa semana, vai se sentir muito mais autoconfiante e vai notar que dizer “não” não é algo tão difícil assim!

E mais, dizer “não” para as pessoas é também um teste para saber quem realmente gosta dela e respeita os seus sentimentos. Se o outro não aceitar a sua resposta negativa ou romper com ela por causa disso, é sinal que ela merece companhia melhor!

Quem se coloca sempre disponível ao outro também pode, inconscientemente, ter medo de assumir as rédeas da própria vida? Por que isso acontece? 

Acredito que sim, pode até ser uma forma inconsciente da pessoa fugir dos próprios problemas, querendo assumir os dos outros. Mas acredito também que são pessoas carentes afetivamente que ficam agradando os outros numa forma inconsciente de serem agradadas também, porém, o que recebem em troca, infelizmente, é a ingratidão, porque geralmente as pessoas não dão valor em que não se valoriza primeiro.

A pessoa disponível, boazinha, que passa sua vida levando todo mundo nas “costas”, precisa estar preparada,  porque quando der uma fraquejada, os outros acostumados a abusar dela vão reclamar, fazer cara feia, vão criticá-la. E sabe de quem é a culpa por isso? Somente dela, que não soube colocar limites nos outros, pois vive com medo de desagradar. É como se na testa dela estivesse escrito assim: “pode pedir, pode abusar, que eu faço tudo pelos outros. Eu gosto de ajudar todo mundo!” O problema é que ninguém valoriza o “bonzinho”!

E o bonzinho é aquele que por não saber dizer “não” quando necessário, costuma engolir muitos “sapos” – um prato altamente indigesto. Dessa forma, vemos muitos bonzinhos obesos, e outros com problemas estomacais tais como gastrites, úlceras, etc, porque não conseguem digerir suas “refeições” diárias. Ou então, vão guardando essa vontade de dizer “não” dentro deles e vão vivendo como verdadeiras “panelas de pressão”, em que, quando menos se espera, explodem com pessoas que não tem a menor culpa da raiva que estão sentindo por dentro.

E, para complementar,  a respeito do perfil dos “bonzinhos”, eles confundem ajudar com apoiar.

Ajudar é bem diferente de apoiar. Ajudar é você fazer pelo outro, o que acredito que não é bom, porque você tira a chance do outro de crescer e sentir-se capaz; apoiar, entretanto, é você dar força para que o outro consiga realizar o seu trabalho, é fazer com ele, mostrando-lhe que é capaz de conseguir alcançar os seus objetivos.

Eu, pessoalmente, acredito que devemos praticar a ajuda só a nós mesmos – a autoajuda; em compensação, não nos faltam oportunidades para praticarmos o apoio, a colaboração ou a solidariedade com os outros e, aí sim, devemos ser abertos para servirmos ao mundo em que vivemos.

Como assumir o controle da própria vida e equilibrar as próprias necessidades com a dos outros? 

  • O primeiro passo é estar bem com a gente mesmo, autoconfiante, sabendo lidar bem com os “nãos da vida”, ou seja, saber dizer “não” quando necessário, sem culpas, e não ter medo de ouvir “não” dos outros – não ter medo de solicitar as coisas e nem temer as críticas.
  • Parar de esperar reconhecimento e respeito dos outros – reconheça-se e respeite-se primeiro.
  • Seja bom, humano, justo, solidário, generoso e caridoso com todos, mas uma pessoa “boazinha” somente com você mesmo! Mostre os seus limites!
  • E se você quer ser feliz e bem sucedido na vida, esteja sempre disponível para perdoar!

Por que as mulheres costumam apresentar mais esse tipo de comportamento? 

Esse comportamento é mais perceptível nas mulheres por uma questão cultural mesmo. Desde a infância, nós, mulheres, somos “treinadas” para sermos certinhas, boazinhas, bonitinhas. Temos que agradar todo mundo, ou então não somos boas meninas. Isso fica tão arraigado no inconsciente das mulheres, que, na vida adulta, cada “não” que elas dizem vem carregado de uma culpa que elas mesmas não sabem explicar.

Por isso, a importância do autoconhecimento na vida das pessoas!!!

(*Eliana Barbosa é psicoterapeuta, coach de relacionamentos, terapeuta de Florais de Bach, escritora e palestrante)

E se esta entrevista foi importante para te alertar sobre certos enganos a respeito da sua autoestima, eu aproveito pra te convidar:
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AMIGA TÓXICA – Revista MARIE CLAIRE

ENTREVISTA PARA MATÉRIA NA REVISTA MARIE CLAIRE – JANEIRO DE 2016  ( PARA JORNALISTA  CAROLINE MARINO)

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(Autoria de Eliana Barbosa*)

No mês de novembro de 2015, fui entrevistada pela jornalista Caroline Marino, da Revista MARIE CLAIRE, para uma matéria de Juliana Amaro,  que foi publicada em janeiro de 2016, nº 298, na sessão COMPORTAMENTO, páginas 60 a 63, com o título AMIZADE TÓXICA.

A matéria ficou ótima, com trechos da nossa entrevista, citações sobre o tema extraídas de vários livros e com depoimentos de vítimas de amizades tóxicas. Vale a pena conferir!!!

Como este tema é muito importante, e em meu consultório atendo muitas mulheres vítimas de amizades tóxicas que as levaram a grandes decepções, resolvi compartilhar com você, visitante do meu site, a entrevista na íntegra.

LOGO MC

(MARIE CLAIRE – MC) Listei alguns tipos de amigas tóxicas. É possível mostrar as principais atitudes de cada uma?

 — Invejosa – só critica e te coloca para baixo por inveja  

(ELIANA BARBOSA – EB) A “amiga” invejosa, por ter baixa autoestima e acreditar, inconscientemente, que é inferior a você, usa a crítica e a depreciação como armas que, geralmente, machucam muito.

Por outro lado, há também a “amiga” invejosa disfarçada, que fica te bajulando, falando que você é demais, mas que no fundo está vibrando para que o pior aconteça a você!

Então, não se deixe machucar pelas críticas venenosas, mas tenha cuidado também com quem só fala o que você gosta de ouvir…

(MC)— Egoísta: só procura quando têm problema 

(EB) A “amiga” egoísta não demonstra nenhum interesse no seu bem estar, só no dela. Seu discurso sempre começa e com “Eu…” e termina com  “para mim”.

Ela imagina que o mundo gira em torno dela, e só vai te procurar quando achar que você pode ser útil a ela para resolver algum problema. Cuidado, porque você vai se decepcionar ao longo do tempo, principalmente se ficar esperando que um dia ela irá retribuir a atenção que você dá a ela… Nunca!!!

(MC) — A que só aparece quando termina um relacionamento 

(EB)  Esta é a “amiga” carente, que não sabe ficar sozinha. Se ela tem namorado, te ignora, mas se termina com ele, volta a te procurar. É uma amizade unilateral,  ela só quer mesmo te usar como companhia… Não vale a pena investir em amizade assim…

(MC) — A que parece mais sua filha que amiga

(EB) Esta é a “amiga” que suga você, te pede favores e conselhos o tempo todo, e quando você precisa de um carinho, de uma palavra de incentivo, ela muda de assunto, dá pressa de ir embora, some… E você, fica decepcionada e magoada com quem realmente não vale a pena sofrer.

(MC) — As interesseiras. Só te procuram quando interessam: se tem um balada boa, se seu amigo é  gato, se você tem uma casa na praia… 

(EB) Ah… A “amiga” interesseira só te valoriza quando você pode oferecer algo a ela – um convite para uma festa, apresentar a ela seu amigo “gato”, leva-la com você para a sua casa na praia, pagar um almoço em um bom restaurante, e por aí vai…

Se você diz “não” pra ela, ela fecha a cara e usa chantagem emocional pra te deixar culpada. Saia deste relacionamento enquanto é tempo, porque quanto mais “sapos” você engolir, mais chances de ficar doente, engordar ou se deprimir, com o passar do tempo.

(MC) Consciente ou inconscientemente, pessoas do círculo de convivência podem nos colocar para baixo e sabotar nosso crescimento pessoal com palavras e ações?

(EB) Certamente! As pessoas que mais nos magoam, nos colocam medo, e nos deixam com sentimento de culpa são aquelas do nosso círculo de convivência – pais, irmãos e amigos -,  que nos oferecem aquilo que elas têm dentro de si, e, a maioria, infelizmente, carrega dentro de si muitas crenças limitantes e sabotadoras.

Por isso, é preciso tomar consciência deste fato e detectar, em seus relacionamentos, aquelas pessoas que são tóxicas e nocivas, e se afastar delas. Se não for possível se afastar fisicamente, pelo menos emocionalmente é possível, blindando-se contra a pesada energia que elas emanam, carregada de inveja, crítica e maldade.

(MC) Como identificar uma amiga assim?

(EB) Amizade deve ser sempre uma via de mão dupla, onde ambos os amigos se interessam pelo bem estar do outro, em apoiá-lo nos momentos mais críticos, e se sua amiga é superficial, só fala balelas, só conta da vida dela e dos outros, e não se aprofunda em nada que possa fazer a amizade de vocês prosperar, então é sinal de que ela não merece sua amizade.

Tome cuidado com as pseudoamigas, que premeditam uma amizade apenas para se aproveitarem de você, de modo oportunista.

Desconfie daquelas pessoas que, dizendo-se amigas, invadem sua privacidade e começam a tomar conta da sua vida. A amiga verdadeira é discreta e sabe calar-se e afastar-se na hora certa.

E procure se preservar de relacionamentos competitivos ou dependentes, que acabam por esgotar sua energia em vez de renová-la.

(MC) É importante ficar atenta ao número de repetições de certas situações?

(EB) Sim, errar todas podemos errar, faz parte da nossa natureza. Mas não devemos aceitar erros que se repetem em uma amizade ou mesmo em um relacionamento amoroso, até porque confiança quando se perde, não se recupera mais. Sempre haverá uma desconfiança, um medo, um fio de suspeita.

A melhor forma de não se decepcionar com quem quer que seja é não criar expectativas em relação à outra pessoa e sim, em relação a você mesma. Se você se ama e se admira mais do que a outra pessoa ligada a você por relacionamento, as chances de dar certo são muito maiores.

(MC) Quando finalmente temos consciência de que aquela amizade é tóxica, como se livrar dela?

(EB) A minha melhor dica é afastamento, sem muita conversa. Vá deixando a amizade esfriar, mas não tente expor os motivos, porque muitas “amigas” tóxicas são manipuladoras e vão insistir, chorar, mandar mensagens, até fazerem você se sentir mal e culpada por tentar romper a amizade. Então, é melhor falar pouco e ir se afastando lentamente.

(MC) Confrontá-la ajuda ou o melhor é se afastar?

(EB) Como eu disse acima, se sua “amiga” for egoísta e manipuladora, o confronto pode deixar você em situação de culpa, mesmo sem ser culpada de nada. O melhor é se afastar, sem muitas explicações.

(MC) É possível listar os principais sinais de que a amizade é tóxica? 

(EB) Sim, vamos lá! Tenho aqui pra você 9  sinais de que sua amizade é  tóxica:

1. Sua amiga consome suas energias, de forma óbvia ou sutil, ao invés de ser combustível para seu crescimento? Ela age com egoísmo?

A verdadeira amizade consiste em reciprocidade e compartilhamento.

2.  Ela só quer falar de si, dos próprios problemas e alegrias?

Manter essa relação é alimentar o individualismo dessa pessoa.

3.  Ela é negativa, e quando sai de perto de você deixa uma energia pesada e triste no ambiente?

Cuidado: Pessimismo pode contagiar!

4. Aquela que você considera amiga faz tudo para colocá-la para baixo, criticando-a e depreciando-a?

Afaste-se dela, porque isso é sinal de prepotência e falta de caridade, e sua saúde pode ser prejudicada quando você suporta esses desaforos.

5. Ela é alguém que tem o hábito de culpar os outros por seus problemas?

Ah, então se prepare, porque ela vai descarregar em você responsabilidades que não lhe pertencem.

6. É uma pessoa que não aceita ouvir um “não” como resposta?

Mau sinal – ela provavelmente é manipuladora e utiliza de chantagens emocionais para conseguir o que quer.

7. Ela mente para os outros?Pois então não confie na sinceridade das palavras dela. Por que ela agiria diferente com você?

8. Ela gosta de fazer fofocas?Fique alerta: Se ela fala mal dos outros, vai falar mal também de você.

9. É alguém que não lhe permite se expressar, sempre interrompendo suas ideias e palavras?

Ah, por que você ainda insiste em dizer que isso é amizade? Definitivamente não é!

Por isso, antes de se envolver com qualquer pessoa, em busca de amizade, seja você sua melhor amiga, confidente, companheira.

Quando você se trata bem, fica muito mais fácil escolher para sua vida pessoas que também vão tratá-la com o respeito e a atenção que você merece.

E daqui para frente entenda que o segredo para você não se decepcionar em suas amizades é parar de esperar das pessoas aquilo que elas ainda não são capazes de oferecer.

Seja amiga e generosa, faça sua parte, porém jamais permita que alguém a faça se sentir inferior e desconfortável.

(MC) As amigas tóxicas tem sempre um sentimento em comum, como a inveja?  

(EB) Sempre digo que a inveja é um sentimento de admiração mal administrado….

Acredito que a inveja costuma sempre estar presente em relacionamentos tóxicos, onde a outra pessoa se sente incomodada com o seu brilho, o seu sucesso, a sua alegria, a sua forma de encarar a vida, mesmo diante das dificuldades naturais do viver. E aí, esta amiga tóxica, não sabendo lidar com a inveja, passa a te criticar, a te colocar pra baixo, a trazer problemas para sua vida, numa forma de anular o seu brilho e o seu entusiasmo.

(MC) Isso pode vir desde a infância? Tem algo a ver com carácter, criação… 

(EB) Sentimentos negativos, sejam eles pessimismo, inveja, egoísmo, dependência emocional, baixa autoestima e outros têm a ver sim com a personalidade da pessoa que ela já traz ao nascer, mas o ambiente em que vive e o que ouve e vivencia desde a infância têm também um peso enorme na manifestação destes sentimentos. Então, se a pessoa já tem uma tendência a ser egoísta, ou invejosa, ou pessimista, ou crítica…, por exemplo, e se for criada em um ambiente solidário, ético, otimista, amigo e incentivador, essa tendência ao comportamento tóxico, caso se manifeste, será muito mais branda e controlável.

(MC)Qual o perfil psicológico dessas “amigas”? 

(EB) Algumas são egoístas, outras invejosas, manipuladoras, maledicentes ou apenas negativas, pessimistas…

Não podemos generalizar, porque existem pessoas boas, de bom caráter, mas que ainda espalham notícias sobre as dores dos outros, contam as tragédias que ficam sabendo, comentam o mal o tempo todo. São “amigas” que tentam ser boas pra gente, mas, sem perceber, se comportam como “vampiras energéticas”, porque nos sugam as energias, com suas conversas tolas e negativas. Conheço profissionais super competentes em suas áreas de atuação, que, embora tentem se tornar amigas de suas clientes (como é de se esperar em todo atendimento de qualidade), não conseguem por se portarem desta forma tóxica e desgastante.

Você deve sempre observar e se cuidar em relação àquelas “amigas” que…

  • Só demonstram interesse na sua vida, escutam seus problemas e suas histórias, quando elas querem usar algo a favor delas mesmas…
  • Elas cortam sua conversa o tempo todo, pra falar de si próprias.
  • Elas só comentam mal dos outros, reclamam da vida, colocam defeito em tudo, querendo sempre parecer que são vítimas de tudo e de todos…
  • Quando percebem que você quer se posicionar diante de uma situação, quando você diz “não” para as solicitações delas, elas usam de chantagens emocionais, cara de tristeza, de choro, ficam dias sem ligar, para despertar a sua culpa e piedade… Cuidado, porque isso é pura manipulação!!!

Atenção: Se você não se vigiar, você acaba “envenenada” com tanta negatividade e maledicência!!!

*(Eliana Barbosa é life coach, psicoterapeuta, escritora e palestrante motivacional – elianabarbosa.com.br)


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QUANDO A AMIZADE É TÓXICA – O QUE FAZER? (Entrevista)

 

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(Por Eliana Barbosa*)

Dias atrás fui entrevistada pela jornalista Janaina Medeiros, para uma matéria no Jornal A FOLHA UNIVERSAL, sobre AMIZADES TÓXICAS.  

Eis aqui as perguntas e respostas da entrevista: 

1 – FOLHA UNIVERSAL: Como identificar as amizades tóxicas, nocivas? Quais são os sinais que a mulher pode notar que está se envolvendo com uma amizade que não lhe faz bem? Cite algumas. 

ELIANA BARBOSA: Primeiramente, é preciso entender que pessoas tóxicas ou nocivas são aquelas que influenciam negativamente quem está perto delas, quem convive com elas. Existem amigas de verdade, que te deixam melhor quando você está perto delas, e as “amigas da onça” que, de uma forma ou de outra, sugam sua energia, te cansam, dão maus conselhos, são pessimistas, etc…

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Vamos a alguns sinais:

  • Sua amiga consome suas energias, de forma óbvia ou sutil, ao invés de ser combustível para seu crescimento? Ela age com egoísmo? A verdadeira amizade consiste em reciprocidade e compartilhamento.
  • Ela só quer falar de si, dos próprios problemas e alegrias? Manter essa relação é alimentar o individualismo dessa pessoa.
  • Ela é negativa, e quando sai de perto de você deixa uma energia pesada e triste no ambiente? Cuidado: pessimismo pode contagiar!
  • Aquela que você considera amiga faz tudo para colocá-la para baixo, criticando-a e depreciando-a? Afaste-se dela, porque isso é sinal de prepotência e falta de caridade, e sua saúde pode ser prejudicada quando você suporta esses desaforos.
  • Ela tem o hábito de culpar os outros por seus problemas? Ah, então se prepare, porque ela vai descarregar em você responsabilidades que não lhe pertencem.
  • É uma pessoa que não aceita ouvir um “não” como resposta? Mau sinal – ela provavelmente é manipuladora e utiliza de chantagens emocionais para conseguir o que quer.
  • Ela mente para os outros? Pois então não confie na sinceridade das palavras dela. Por que ela agiria diferente com você?
  • Ela gosta de fazer fofocas? Fique alerta: se ela fala mal dos outros, vai falar mal também de você.
  • É alguém que não lhe permite se expressar, sempre interrompendo suas ideias e palavras? Ah, por que você ainda insiste em dizer que isso é amizade? Definitivamente não é!

 É bom lembrar que existe um tipo de amiga que até tem boas intenções, é do bem, mas que tem um padrão de pensamento negativo e pessimista. Infelizmente, ela acaba se tornando uma presença tóxica também, porque a energia que ela irradia é triste e pesada. Nesse caso, sabendo que ninguém pode mudar o outro, o que você pode fazer é estar sempre preparada com um alto astral quando for estar com ela, para não se contaminar com o azedume ou a tristeza. E procure só conversar com ela assuntos que sejam edificantes e construtivos.

 2 – FOLHA UNIVERSAL: Explique o quanto uma amizade pode prejudicar uma pessoa, no caso a mulher. 

ELIANA BARBOSA: Amizade vale a pena quando ela acrescenta valor e alegria à nossa vida, bem como quando sentimos que podemos acrescentar também valor e alegria à vida de nossas amigas.

Uma amizade tóxica pode causar prejuízos na sua vida emocional e até física. Veja este caso: Ana foi diagnosticada com depressão, por seu médico psiquiatra, e, ao contar para sua amiga “da onça”, ela, ao invés de incentivá-la a levar o tratamento a sério, fez pouco caso e ficou falando que remédios pra depressão viciam (o que não é verdade!), e influenciou Ana a  parar com o tratamento que iria lhe trazer de volta qualidade de vida e alegria de viver. Se Ana tivesse mais autoconfiança, ela perguntaria à “amiga”: “Você é médica para afirmar essas coisas? Eu confio no meu médico e vou me cuidar!”

 3 – FOLHA UNIVERSAL: O que a leitora pode fazer para não ter amigos assim?  

ELIANA BARBOSA: O mais importante é ter uma boa autoestima, pois assim você vai parar de “mendigar” atenção dos outros, e não precisará mais ficar dizendo “sim” o tempo todo, só por medo de ficar sozinha.

Quando uma pessoa se ama e se valoriza, ela não admite ser maltratada, criticada, colocada pra baixo, como costumam fazer as amigas “tóxicas”. No começo, para conquistar sua atenção, elas fingem ser solícitas e companheiras, mas depois, quando percebem sua insegurança, elas se revelam como são – críticas, invejosas, pessimistas, de mal com a vida!

Por isso, antes de se envolver com qualquer pessoa, em busca de amizade, aprimore seu amor próprio, seja você sua melhor amiga, confidente, companheira. Quando você se trata bem, fica muito mais fácil escolher para sua vida pessoas que também vão lhe tratar com o respeito e a atenção que você merece.

E daqui para frente entenda que o segredo para você não se decepcionar em suas amizades é parar de esperar das pessoas aquilo que elas ainda não são capazes de oferecer. Seja amiga e generosa, faça sua parte, porém jamais permita que alguém a faça se sentir inferior e desconfortável. 

4 – FOLHA UNIVERSAL: É melhor conversar com uma amiga assim ou não? É possível ter um confronto direto? 

ELIANA BARBOSA: Conversar com uma pessoa assim é perda de tempo, porque a única pessoa que você pode mudar nesse mundo é VOCÊ MESMA!!!

Então, insistir em uma amizade tóxica, mais cedo ou mais tarde, vai lhe decepcionar, lhe ferir, é como “dar murro em ponta de faca”.

E evite o confronto direto, porque pessoas tóxicas podem ser manipuladoras,  e é possível que essa “amiga” insista, comece a chorar,  mandar mensagens, até fazer você se sentir mal e culpada por tentar romper a amizade. Então, é melhor falar pouco e ir se afastando lentamente. 

5 – FOLHA UNIVERSAL: O melhor é se afastar? E como fazer isso sem desprezar a amizade? 

ELIANA BARBOSA: O melhor é mesmo se afastar e deixar essa “amiga” de lado. Amizade assim você não deve cultivar!

Procure não comentar com outras pessoas sobre isso, para não atiçar a raiva e o desejo de vingança nessa “amiga” tóxica e venenosa. Para o seu próprio bem, seja discreta e siga sua vida, e, daqui para frente, atraindo companhias mais alegres e positivas! 

6 – FOLHA UNIVERSAL: Qual o melhor caminho a fazer para sair de uma amizade tóxica? 

ELIANA BARBOSA: Você deve fortalecer sua autoestima e autoconfiança,  exercitar a sua assertividade (capacidade de dizer “não” sem se culpar por isso), e ir se afastando, sem dar justificativas o tempo todo.

Não insista em manter relacionamento com quem a deprecia, a desvaloriza, ou a faz sofrer.

A única coisa que você pode fazer por uma “amiga” tóxica é rezar por ela, para que ela acorde para a vida,  queira mudar o seu próprio jeito de ser, e entenda que ser amiga é se conectar com a outra pessoa, acompanhar e comemorar com ela suas vitórias, e vibrar pela sua felicidade.  Amiga de verdade é fonte de incentivo, alegrias e compartilhamento.

(*Eliana Barbosa é life coach, psicoterapeuta, escritora,  palestrante motivacional e apresentadora de TV)

A matéria foi publicada no dia 06 de dezembro de 2015, e para ler, basta você clicar na imagem ou no título abaixo: 

Quando a amizade é tóxica – O que fazer quando ela atrapalha a sua felicidade?

FOLHA UNIVERSAL

 

 

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